Notícia do Diário Digital, Público, Diário de Notícias, Correio da Manhã e Jornal de Notícias: O português não lhe sai lá muito escorreito, mas a rapariga de 15 anos, vestida e maquilhada como se tivesse saído de um filme pornográfico protagonizado por pré-adolescentes, explica sem rebuços por que é que ela e a prima abandonaram a escola: “Eles queriam ter relações com nós.” No bairro de realojamento da Quinta da Fonte, no concelho de Loures, que ontem saltou uma vez mais para os telejornais por causa de desacatos com a polícia, todos percebem de quem se fala quando se usa a terceira pessoa do plural, género masculino. Eles são a razão pela qual a lolita gorducha de maquilhagem carregada, mini-saia e meias de rede quer sair dali para fora. Ela e muitas outras meninas de rabos-de-cavalo e enormes argolas douradas nas orelhas. Parece uma invenção feita para arrancar à escola raparigas cuja condição cigana nunca deixou ir longe, e no entanto a técnica da junta de freguesia que lida com o apoio social não se mostra incrédula perante as histórias de tentativas de violação a caminho da escola.