Artigo de Opinião de Baptista-Bastos no Diário de Notícias: Cada vez há mais estrangeiros a pedir a nacionalidade portuguesa. Brancos, pretos, amarelos, castanhos, entre o loiro e o germânico, entre o glabro e o felpudo, eis uma sublevação de cores e de fácies; um bulício de idiomas que noivam o nosso idioma para exprimir a dor e o riso, a infância e a paixão, a lembrança e o sonho. Tocaram no batente da casa comum à procura, afinal, do que comum é ao homem: um pouco de felicidade. E deitam-se no mesmo leito onde, outrora, suevos e visigodos, fenícios e romanos, árabes e celtas procriaram os miscigenados que todos nós somos. A sintaxe da nossa ascendência possui qualquer coisa de genial. Não foi, somente, a delimitação do território que construiu uma pátria e moldou uma língua. Também não foi, apenas, o ferro do montante que marcou uma identidade. O que definiu o nosso destino foi a argila de um particular nativismo, nascido na cama do amor, no suor dos corpos, na festa do sexo. Nascemos do prazer. Saímos portugueses desse almofariz de raças, no entreacto de guerras e de confrontos políticos. A negação da nossa mestiçagem configurará o assassínio da nossa identidade, e atribui a quem a pratica o estofo de um canalha. Assim como o ódio exposto, arrogantemente, em placard, demonstra algo de doentio.
Recortes Mais Recentes
Notícia da TSF: O ministro da Presidência, Nuno Morais Sarmento, garantiu esta quinta-feira, que a fixação de quotas de entrada de imigrantes em Portugal «está…
Notícia da TSF: Portugal «ganha mais do que gasta» com os imigrantes. As associações de imigrantes já se manifestaram sobre a decisão do Governo em…
Notícia da TSF: O secretário de Estado adjunto do ministro da Presidência considera demagógica e extremista a ideia de que Portugal não precisa de imigrantes…
Notícia da TSF: O ministro de Estado e da Defesa esteve sob acusações no Parlamento. Os partidos da oposição acusaram Paulo Portas de ter realizado…