Caderno MICAR 2021
12.00€
Reune textos de diversos autores para além das sinopses e fichas técnicas dos filmes presentes na MICAR – Mostra Internacional de Cinema Anti-Racista – de 2021.
Artigos de Isabel Macedo, Rosa Cabecinhas, Alice Balbé, Filipa César, Gisela Casimiro, Luísa Semedo, Hugo Silveira Pereira, Mário Moura, Nuno Coelho, Emicida.
Entrevista a Vítor Sanches (Bazofo, Dentu Zona)
Ilustrações e ensaios visuais de Luís Afonso, Amanda Baeza, Twotma, José Mendes, Joana Estrela e Tina Siuda.
1 cartaz suplemento “Vumbi” de Rita Carvalho
1 cartaz suplemento “Ativismos Visuais” com seleção de cartazes anti-racistas
Impressão a 2 cores | 120 páginas
Descrição do Produto
Chegamos a outubro, e à 8a edição da Mostra Internacional de Cinema Anti-Racista, num 2021 onde a acro- bacia que um “oito” traz não poderia ser mais certeira.
É um número bonito, rotundo, tem em si o infinito e, por onde se comece, lá se vai acabar. E também lembra essa vontade de voltar a dar, a de devolver por onde começamos, nesse círculo que o Vítor Sanches explica, mais à frente neste Caderno Micar, sobre o seu trabalho comunitário na Cova da Moura. Isto é generosidade — a de pessoas que, como o Vítor, já se viram e se veem tantas vezes privada de.
E, depois, também há a generosidade de todas as pessoas que se juntaram à equipa da MICAR para fazer este livro. Há a generosidade do Luís Afonso, que não desperdiça as margens de periódicos para atirar ao alvo do preconceito. Há a generosidade da Amanda Baeza, que nos ofereceu uma banda desenhada inteira, aqui a rebentar no seu derradeiro quadro. Há a generosidade da Isabel Macedo, da Rosa Cabecinhas e da Alice Balbé, que desmontam números tal como quem desmonta tabus. Há a generosidade da Filipa César, que não deixa um amigo de fora, na hora do café. Há a generosidade da Gisela Casimiro, que nos dá de graça o mais caro dos passeios. Há a generosidade da Luísa Semedo que, esperamos, grite tão alto que chegue a Ariyonna. Há a generosidade do Hugo Pereira, que nos mostra como afiar facas de dois gumes. Há a generosidade do Mário Moura, que todos os dias nos dá oito, oitenta e oitocentos minutos para pensar. Há a generosidade do Nuno Coelho, que nos dá de presente a única pausa que precisamos.
Há a generosidade da Twotma, que nos deixa ver para além do preto e do branco que os olhos retêm. Há a generosidade do José Mendes, que inventa alfabetos a cada esquina, para nos dar conta das palavras que importam. Há a generosidade de Emicida, que faz de todos nós sujei- tos de sorte. Há a generosidade da Joana Estrela, que sabe dar a voz a quem ainda tem de se ouvir. Há a generosidade da Tina Siuda, que nos deixa gentilmente entrar, para ficar o tempo que quisermos dentro dos seus desenhos. Há a generosidade da Rita Carvalho, tão grande, que tem de se desdobrar e deitar a língua de fora do Caderno.
Este ano, contamos ainda com a generosidade de um grupo de pes- soas que connosco partilharam um trabalho voluntário, para a exposição Ativismos Visuais — e que tão bem embrulha este Caderno. Numa MICAR onde procuramos fazer pensar sobre o papel da arte no ativismo, imaginamos prolongar ao cinema que este ano programamos (e à sua música, dança, poesia, fotografia e escultura) uma exposição de cartazes em volta da mensagem antirracista.
A generosa resposta de André Silva, Beatriz Mesquita, Bárbara Ramos, Ser Silvestre, Diogo Moutinho, Francisca Alemão, Inês Mourão, Júlio Dolbeth, João Faria, José Pedro Carmo, Kimberley Cabral, Kid Galindro, Marco Pereira, Maria Faustino, Margarida Rocha, OpHuZi, Pedro Guimarães, Rui Vitorino Santos e Sancho Silva traz-nos de volta ao oito e a esta ideia redonda, que este ano com tanta harmonia se contou.
Boas leituras e obrigada. Agora está desse lado.
Informação adicional
Design | Rita Ferreira |
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Edição | SOS RACISMO |
Ano | 2021 |